segunda-feira, 16 de maio de 2011

Movimento Artístico: Impressionismo

Impression, soleíl levant de Claude Monet
Corrente artística surgida em Paris, por volta de 1863, e que revolucionou profundamente a pintura, dando início às grandes tendências da arte do século XX. Nasce como evolução a partir do realismo e como reacção a uma outra vertente iniciada também no âmbito realista: o naturalismo. São protagonistas deste movimento os pintores franceses Claude Monet (1840-1926), Pierre Renoir (1841-1920), Édouard Manet (1832-1883) e o já aqui falado Edgar Degas (1834-1917) entre outros. O impressionismo está estreitamente ligado ao florescimento da burguesia parisiense e à descoberta da fotografia. Sofre também influências técnicas ao japonismo. Para os impressionistas, a pintura deve registar as tonalidades que os objectos adquirem ao reflectir a luz solar num determinado instante, pois estas modificam-se constantemente, em função das diferentes incidências da luz do sol. A tentativa de fixar a impressão causada pelo objecto no sujeito, e não o objecto em si, é feita por meio de uma técnica de justaposição de cores puras, criando figuras sem contornos definidos. O resultado é uma pintura amável, ligeira, plena de luz e de cor, de pinceladas muito curtas e justaposta. Em 1874 o movimento expõe colectivamente no estúdio do fotógrafo Nadar. Nesta mostra, Monet expõe «Impressão: Nascer do Sol», obra que está na base da designação do movimento. Estes artistas defenderam o princípio da arte pela arte.
Este movimento também marcou um pouco a música da época ao influenciar grandes compositores como Claude Debussy e Maurice Ravel que no entanto ainda apresentava vestígios do Romantismo.
Na literatura não teve grande impacto tendo sido representado na sua maioria por obras mais poéticas como as dos franceses: Baudelaire, Mallarmé, Rimbaud e Paul Verlaine, tido por muitos como um dos maiores poetas franceses. Também os britânicos Virginia Woolf e Joseph Conrad apresentaram alguns trabalhos de índole impressionista. Já o conhecido precursor da poesia portuguesa do século XX, Cesário Verde foi quem mais marcou a cena impressionista em Portugal devido às técnicas que adoptava nos seus poemas. Conhecido pela extrema sensibilidade e a forma natural com que retratava os cenários campestres e citadinos, no fundo explorava um pouco de várias correntes literários e foi sem dúvida o primeiro poeta a juntar desde o Realismo e do seu radical Naturalismo com o típico Romantismo poético. Apesar dos diversos movimentos que seguia a sua escrita tinha sempre um toque próprio, um artístico toque impressionista.

La loge  de Pierre Renoir
L'Absinthe  de Edgar Degas


Dejeuner sur L'herbe  de Édouard Manet


Texto: Francis
Revisão/Complementos: Gil

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