quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

pecado nas nuvens

Tenebrosa, a culpa paira no céu,
A tempestade chega à cidade,
No tribunal está o réu,
Problemas para toda a Humanidade,

Esta civilização supostamente justa,
Esconde os males de toda a sociedade,
Aos poderosos nada lhes custa,
Reduzem-se os pobres à marginalidade,

O problema não é só da vida humana,
Em nome da riqueza e do poder,
Torna-se uma mente racional numa insana,
Fazendo assim o nosso planeta morrer,

Nos grandes edifícios de cores escuras,
Fumo negro emerge por todo o lado,
Tornando o outrora verde em medonhas pinturas,
Continua a ser o Ambiente o ignorado,

Poucos ligam a este problema,
As consequências vão ficando piores,
A economia é mais importante para o sistema,
Mantêm-se ligados todos os motores, 

Traçámos o nosso temeroso destino,
O planeta não se deixou ficar,
A racionalidade fez do Homem cretino,
A vida deixar de algo significar,

A Natureza mostra-se revoltada,
Tempestades, maremotos, furacões,
Torna-se destrutiva e menos encantada,
Tirando vidas aos milhões,

O fumo desvanece-se nas alturas,
Poluindo a misericórdia de Deus,
Cá em baixo mantém-se as quimeras,
Na esperança que Ele poupe os seus.

Texto: Francisco Reis.

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