Tenebrosa, a culpa paira no céu,
A tempestade chega à cidade,
No tribunal está o réu,
Problemas para toda a Humanidade,
Esta civilização supostamente justa,
Esconde os males de toda a sociedade,
Aos poderosos nada lhes custa,
Reduzem-se os pobres à marginalidade,
O problema não é só da vida humana,
Em nome da riqueza e do poder,
Torna-se uma mente racional numa insana,
Fazendo assim o nosso planeta morrer,
Nos grandes edifícios de cores escuras,
Fumo negro emerge por todo o lado,
Tornando o outrora verde em medonhas pinturas,
Continua a ser o Ambiente o ignorado,
Poucos ligam a este problema,
As consequências vão ficando piores,
A economia é mais importante para o sistema,
Mantêm-se ligados todos os motores,
Traçámos o nosso temeroso destino,
O planeta não se deixou ficar,
A racionalidade fez do Homem cretino,
A vida deixar de algo significar,
A Natureza mostra-se revoltada,
Tempestades, maremotos, furacões,
Torna-se destrutiva e menos encantada,
Tirando vidas aos milhões,
O fumo desvanece-se nas alturas,
Poluindo a misericórdia de Deus,
Cá em baixo mantém-se as quimeras,
Na esperança que Ele poupe os seus.
Texto: Francisco Reis.